quinta-feira, 31 de julho de 2008
Algo mais sério
O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. 'Perdi tudo!' 'O que é que perdeu?' perguntou-lhe um repórter.
'Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem...'
Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte.
A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga 'quatro ou cinco euros de renda mensal' pelas habitações camarárias.
Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que 'até a TV e a playstation das crianças' lhe tinham roubado.
Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência.
A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros.
A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul.
É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam 'quatro ou cinco Euros de renda' à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo.
É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a 'quatro ou cinco euros mensais' lhes sejam dados em zonas 'onde não haja pretos'.
Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades.
O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade.
O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário.
Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - 'ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos.'
A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil.
Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.
A MISERIA A QUE ESTE PAÍS CHEGOU....
E PARA QUANDO UMA MANISFESTAÇÃO DE DESAGRADOS DOS QUE TRABALHAM E DESCONTAM.... PARA AO FIM DO DIA LIGAR A TV E TOMAR CONHECIMENTO DE QUE ANDAM (CONTINUAM ) A BRINCAR COM ELE.
RENDA CASA A 5€, SUBSIDIO DE DESEMPREGO, RENDIMENTO MINIMO, MELHOR MESMO SÓ SENDO MILIONÁRIO."
Por Mário Crespo.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
olímpicos
fico com várias dúvidas:
a) são aquelas personagens que estão a cantar?
b) a música vem da relva?
c) da boca sai a 'voz' ou o acompanhamento musical?
d) onde fica a boca?
e) homens ou mulheres?
f) são humanos?
g) existem?
h) quem sou eu? o que faço aqui?
"volto já"
terça-feira, 29 de julho de 2008
'round midnight
Miles Davis, Wayne Shorter,
Herbie Hancock, Ron Carter, Tony Williams
dedico esta música a todos os que não gostam de jazz
segunda-feira, 28 de julho de 2008
"é a contestação, senhor joão" **
השם "חמאת אגוזים" מרמז על הצבע — חום דמוי אגוז לוז.
"é a contestação, senhor joão" *
para todos aqueles que não gostam de reggae
(a gravação será a mesma altura)
domingo, 27 de julho de 2008
os cangurus e a sexualidade
propaganda da US Information Agency, 1976...
[Vincent Collins]
no aniversário dos 200 anos dos EUA
quarta-feira, 23 de julho de 2008
E agora uma pequena lição de química
Pois, vi ali a inspiração ao fundo, chamei-a mas a pu** não quis vir. Peço a vossa compreensão.
Zé Manel e a problemática da oferenda
O artista pede e o público responde em massa...
domingo, 13 de julho de 2008
estou de volta e trago muito amor
Contado ninguém acredita
Durante a 2ª parte de um jogo de futebol transmitido quarta-feira pela televisão russa, o árbitro internacional bielorusso Sergei Shmolik aparece curvado e com dificuldade em andar, tendo acabado por abandonar o estádio Vitebsk com o auxílio dos seus colegas. Parecia tratar-se de algum problema nas costas, mas os testes que realizou posteriormente no hospital mostraram que afinal se encontrava embriagado. E muito: a taxa de alcoolemia diagnosticada foi de 2,6 gramas por litro, ou seja, mais de cinco vezes superior à taxa máxima de circulação automóvel no país, idêntica à de Portugal. O espectáculo causou o gáudio da multidão que assistia ao jogo, do campeonato bielorusso, entre Vitebsk e Naftan, que terminou empatado 1-1. Um dos auxiliares de Shmolik confessou que o árbitro que usa insígnias da FIFA trasandava a álcool. Numa posterior deslocação ao hotel onde pernoitara, foram descobertas várias garrafas vazias de vodka. Os treinadores das duas equipas intervenientes no jogo, Naftan (6º classificado) e Vitebsk (3º), foram unânimes nas críticas: "Este é o escândalo mais absurdo que já vimos e uma vergonha para o nosso futebol". (in Expresso)
sábado, 5 de julho de 2008
A bordo de uma aventura
O navio partirá de Brest (França) e o objectivo é chegar a Algeciras (Espanha), onde desembarcaremos. A duração da viagem está prevista para 10 dias.
Se quiserem seguir o trajecto do navio mais de perto e diariamente podem ir a :
http://www.ipev.fr/pages/posbat/google/
Basicamente, esta campanha oceanográfica destina-se à recolha de sedimentos para variados fins. Porquê? Vou tentar explicar, segundo o trabalho que se realiza no meu departamento...
"As variações climáticas são uma preocupação global. É difícil entender as possíveis consequências das alterações climáticas sem estudar o que aconteceu no passado. Assim, os sedimentos marinhos são de extrema relevância, pois permitem a extracção de dados e a sua comparação global, além de conterem registos geralmente mais contínuos do que aqueles encontrados em terra. As suas propriedades físicas, químicas e paleontológicas registam muitas características do oceano antigo, atmosfera, criosfera ou mundo glacial, permitindo reconstruções de múltiplos aspectos das variações climáticas e oceânicas."
Após a recolha tem de se proceder à preparação dos mesmos, sendo esse o trabalho em que irei participar.
Para mais informações, deixo aqui este blog de um professor português que está neste momento a bordo e que faz um relato diário sobre a vida a bordo, desde as refeições ao trabalho que é feito, passando pelo entretenimento.
http://amocint-pt.blogspot.com/
Espero que tenham achado interessante.
Beijinhos e abraços.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
CD Perspectivas / Projecto Intolerant? Me?
1- Campanha de Sensibilização (ao longo de 2008)
2- Acções de Formação ( Set a Dez 2008)
www.myspace.com/intolerantme.