quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Bidê



No outro dia estive num lugar público já com alguma idade e os seus lavabos tinham vários gabinetes privados, dentro dos quais o quadro clássico presente nas nossas casas estava ao nosso dispor. Uma impecável sanita e um bidé a denotar alguma falta de uso. Utilizando o urinol (à homem!)saí do local mas em mim uma angústia enorme despertava...porquê da presença do bidé?O que é o bidé?Bidé rula?? Uma breve pesquisa, levou-me aos seguintes factos:

- Não se escreve bidé, mas sim bidê;
- O formato do bidê denomina-se de oblongo;
- Origem numa rainha francesa que necessitava de lavar as suas partes "sujas" (grande miss).

Conclusões:
- estou mais perto de um analfabeto do que pensava;
- existem nomes abichanados para a palavra côncavo;
- as mulheres pensam todas que são umas rainhas!

Não querendo pôr em causa uma das estruturas mais sólidas da cultura ocidental, eu lanço a questão...o bidê está a mais ou não???Numa época em que são necessárias definir prioridades, não será mais importante ocupar o espaço do bidê com flores ou ratinhos nas rodas que nos fariam muito mais companhia em momentos de "aperto", do que um bidê de forma ablonga para lavar as partes "sujas"????
Eu estou ou todo sujo ou todo limpo...não percebo

Ajudem-me!!!

2 comentários:

Unknown disse...

Olha, essa é uma questão muito interessante, não há dúvidas. Talvez um tema de discussão que, nos meios filosófico-arquitectónicos, iria criar muita polémica, e que, mal caisse na praça pública, certamente criaria cisões sociais mais graves que o direito a ter um Magalhães a preços não-circunavegantes.
Ora, o bidê... Há quem diga que é um óptimo porta-revistas, ideal para quem gosta de leituras interessantes enquanto despeja com fulgor assassino os podres do organismo; no entanto, há pessoas que a seguir a esse momento gostam de lavar as partes sujas, pessoas de anus assaz sensível, em cujo orifício nem o papel duplo permite a suavidade da higiene devida, tendo que recorrer à tepidez corrente da água para se sentir limpo e confiante. Por outro lado, também há os indivíduos que gostam de lavar os pés neste oblongo equipamento, apoiando os glúteos no tampo da sanita.
Há justificações para tudo. E temos de ser tolerantes com as necessidades de todos. Por mim, marco daqui uma posição: não deixem extinguir o bidê! Sou capaz de me sentar num e fazer uma greve de fome de a sociedade passar massivamente a querer abdicar dele.

Joao Pereira Rocha disse...

Vamos a ser sérios na abordagem da questão...todas as funções indicadas poderão ser satisfeitas pela simpática banheira bem mais ergonómica e bonita!Este é mais um testemunho de um resistente à mudança, avesso a novos padrões de interiores.
Vamos reciclar todos os bidês para porcelanas várias