quinta-feira, 3 de abril de 2008

RC e JR em The Editors - Campo Pequeno - 02/04/08


Final da noite, sentimento de guito bem gasto, as luzes acendem-se, RC e JR conversam acerca do concerto dos Editors que acabou de terminar (e das babes que abundam na arena, cheira a Primavera). Grande espectáculo de uma banda que sabe cativar o público e que um dia será grande, ou maior, ou não. Dirigimo-nos para o carro (JR até sabe estacionar bem, os piores anos já lá vão), falamos das várias descobertas do dia, que até foram algumas, e encetam-se várias teorias e doutrinas acerca da actividade mais importante do ser humano: conquistar gajas.
Até podia partilhar as conclusões alcançadas mas é melhor não, a Kalash além de laica é unisexual(?!), e o código deontológico do macho latino não permite revelar certos detalhes.
Adiante, ou atrás, fazendo um flashback até cerca das 18h, saio do bules sabendo de antemão que a pêga vai chegar atrasada, o que até constitui um factor de rejubilo intenso: JR chega mais tarde = menos tempo passado com ele e as suas posições efeminadas. Dirijo-me ao cashpoint mais próximo para levantar 25€ para pagar o bilhete à dita meretriz (a dúvida sobre se esse preço inclui a sua comissão pessoal passa-me várias vezes pela testa, mas essa será uma questão rapidamente resolvida através de calduços e pontapés no lombo), passo em seguida pelo supermercado para abastecer o meu stock de comes e bebes - desde já o meu agradecimento ao Criador por ter inventado o pack de 2 cheeseburgers a 1,79€.
Dirijo-me então ao ponto combinado, a casa da Cris, a senhora do Kalashniano José Pedro, pensando que teria que ficar na rua a espera que o JR chegasse. Mas sempre fui um indivíduo extremamente bem afortunado, mesmo bem afortunado, uma espécie de Gastão sem os inconvenientes de estar sempre a encontrar dinheiro- em tudo há um ponto fraco, e o da minha sorte é sem dúvida a incapacidade que tem em providenciar-me uma vida de luxos- por isso mal cheguei à residência da dita amiga eis que ela própria chega e salva-me de ficar horas na rua feito mendigo a comer o fumo dos escapes e a gastar as pedras de calçadas (só é pena ela não me ter conseguido salvar do elevador assassino, aquilo mete mesmo medo). Passando à frente, a menina (JR) chegou, bebeu-se café e seguiu-se para o Campo Pequeno e aí outra desilusão. Apesar da extrema simpatia do Sr. segurança, senti-me indignado por não poder levar as tampinhas das garrafas para o recinto, o que até se torna perigoso pois assim tive que beber de penalty e, apesar de ser só auguinha, não caíu muito bem no estômago.
A banda de abertura foi muito boa, JR ficou maravilhado com o batuque de um dos artistas e logo imaginou um dia batucarem juntos. A banda principal chegou e nós devíamos ser as únicas personagens ali no meio cujo conhecimento em relação aquele evento era praticamente nulo, pois a vibração, muitas vezes apaneleirada de muitos dos presentes, fazia supor alguma admiração pela banda. Uma nota de reclamação aqui para o rapaz da imperial, que demorou muito tempo a cumprir a promessa de que voltava, o que fez com que eu bebesse a minha cervejinha só na última música. Foi uma atitude má e que não se faz, à atenção dos responsáveis.
E foi assim, uma agradável surpresa de uma banda que transmite uma energia muito boa, apesar de em certos aspectos dar uma sensação de repetitividade (esta palavra existe??)mas que é rapidamente ultrapassada, e que acaba por cativar e dar espectáculo, e com um final tremendo com a música Smokers Outside the Hospital Doors. Tenho um feeling que os The Editors vão ser bastante conhecidos e apreciados num futuro não muito distante.
Eu gostei, o JR gostou, e para mim valeu a pena, pela banda, pelo local e pela quebra de rotina, venham mais assim.

RCaturra, do seu período musical.

1 comentário:

Joao Pereira Rocha disse...

De facto foi uma belo final de tarde/noite. A banda de abertura esteve à altura da ocasião e soube aquecer o ambiente para o prato forte. Embora o conhecimento da discografia da banda não fosse o mais alargado, as melodias eram familiares e souberam criar um ambiente envolvente que a voz do valista projectava para um nível de excelência. Para mim, o maior realçe da banda é esse senhor, que para além de possuir um timbre muito peculiar, interpreta as músicas, o que valoriza a performance!Fiquei a gostar ainda mais da banda e prometo seguir com atenção futuros trabalhos

P.S.: De facto o concerto estava povoado de gajedo do mais alto nível
O caturra é gay
Eu sou uma pêga