segunda-feira, 16 de junho de 2008

Log de uma viagem à Suíça, ou Suisse, ou Schweiz, ou Svizra, ou Svizzera - Parte I

Vindos de uma viagem emocionante a terras de...do Sr. que manda naquilo, o Provedor e o, vamos chamar-lhe apenas Zé, expõem neste espaço dedicado à família Kalash algumas das histórias e aventuras vividas lá.
Reza a história que estes dois lindos indivíduos e representantes fiéis da macho-latineza cedo notaram as dificuldades de efectuar uma viagem deste tipo. Pode dizer-se que o 1º dia não correu muito bem, além de termos perdido documentos importantes ainda no aeroporto de Lisboa, a chegada a Basileia não nos fez descansar e iniciar as miniférias com a pompa a que, pensamos nós, teríamos direito. A senhora responsável pela entrega da chave do autotransporte que nos levaría a lindas paisagens e locais de imensa folia não colaborou da melhor forma connosco, e há que dizer que o seu inglês era tão farto como os cabelos que teimam em cair da minha cabeça. A dita senhora insistiu, sempre educadamente, no nosso pagamento da módica quantia de 815,67 CHF, valor esse do qual seríamos reembolsados em 700 CHF na altura do retorno do veículo. Educamente respondemos, primeiro na língua de Camões: puta do caralho, és uma cabra, mas tás com essas merdas porquê??tás é com falta dele minha grande vaca; depois já em inglês: for Christ's sake lady, let's us be free, like a little bird in the spring, just give us the key, pleeeaaase. Uma brilhante tradução, há que dizê-lo.

Após chupar-mos até ao tutano o único bancomat existente no Europort, uuma vergonha aliás para o país do dinheiro, lá conseguimos arranjar 820 CHF bem à continha para trazer-mos popó. Mais uma prova da má fé da dita meretriz foi o facto de nos ter dado a escolher entre um clio a gasolina ou um 207 a gasóleo. Amantes do símbolo do leão (o zé também o é mas ainda não sabe), e dando ouvidos à loura vaca optámos pelo 207 a gasóleo. Para qualquer lusitano seria uma escolha acertada e, que por algumas horas, nos preencheu com um sentimento de orgulho - somos tugas caralho, a nós ninguém nos engana, somos mais ratos que os outros. Mas a rata alourada tinha outras ideias e parecia já estar no ramo do enrabanço há vários anos, como se já nem lhe custasse enganar tão belas figuras - bem depressa o sentimento de peito cheio deu lugar ao de rabinho cheio quando passámos por uma bomba de gasolina e verificámos que o gasóleo era mais caro que a gasolina.

- Puta que a pariu José, ainda agora chegámos e já baixámos as calcinhas aos suiços duas vezes. Mas pronto, vamos esquecer isto e curtir as nossas férias.

...uma hora depois...

- Mas pronto, vamos esquecer isto e curtir as nossas férias.
Assim foi, chegámos à bela localidade de Windisch onde os primos do José, que tão bem nos acolheram já aguardavam impacientes a chegada de tão ilustres representantes nacionais. Aqui um abraço sentido ao casal Pedro e Carla, bem como aos seus dois pequenos grandes traquinas, bem como à prima Sandra e ao seu futuro esposo César.

Após a chegada, instalação, posta conversa em dia e jantar, seguiu-se rumo a um bar em Brugg, beber o cafezinho, que aqui tem que ser exprressôô (reparem na forma como o r é prolongado e o ôô a terminar - muita apaneleirradôô).

O amigo Zé, encarnando quase na perfeição o turista japonês - faltava apenas a meia e a sandália- teve o impulso imediato de tirar uma foto ao café. E é com esta foto que termino o primeiro post desta viagem, mais se seguirão certamente.

2 comentários:

Joao Pereira Rocha disse...

Para completar a tríade enrabadela suiça, encavaram duas batatas nas redes lusas!!!

O que vale é que temos o DECO!!!

Timbuktu disse...

Kalash sempre bem representada:)