quarta-feira, 18 de junho de 2008

Log de uma viagem à Suíça, ou Suisse, ou Schweiz, ou Svizra, ou Svizzera - Parte II

AAHH, primeira noite passada na Suiça, dorme-se bem por aqueles lados. Toma-se o pequeno almoço enquanto se vê as notícias, isto é, vê-se o diferido dos jogos do dia anterior - nestas férias não há cá notícias de Portugal para ninguém, e ainda bem porque pelos vistos foram só tristezas. Já tinhamos pensado no que fazer e pusémo-nos a caminho de Berna, a capital da confederação e local do muito esperado Holanda-Itália. Ao ver as placas decidimos ir até Interlaken - "os meus primos dizem que é muita bonito". Passámos por Thun, a cidade dos Alpes e decidimos abastecer no Migros, belo supermercado. Seios avantajados, cabeleiras loiras, não variam muito os clientes deste local, mas quando se está bem para quê mudar? E tanta vaca que há por lá, mas vacas mesmo vacas. Fomos então a caminho de Interlaken e parámos quando vimos o lago. Bela refeição, auguinha calma, patinhos e criancinhas a brincar.-"Belo jogo hein?", perguntou-nos um senhor. A nação tuga é maravilhosa, estamos em todo o lado. Obrigado infante, conseguiste espalhar-nos melhor que a peste negra, ou se não gostam da analogia, como o pólen das florzinhas na Primavera. Seja como for, o senhor, de que agora não me recordo o nome, era imigrante na Suíça há muitos anos e tava a trabalhar mesmo no sítio onde parámos para comer, e falava axim, porque era lá de xima. Mas possuía informações muito valiosas, afinal não estávamos ainda em Interlaken, estávamos a meio caminho, em Spielz. Mas como tinhamos tempo seguimos então para Interlaken e contornámos o lago de volta a Thun e em seguida para Berna.

E em boa hora o fizémos, Berna é a puta da loucura. Para mim é a cidade mais bonita daquelas que visitámos e foi o sítio onde curtimos mais. Conseguimos um bom spot para estacionar, um lugar azul bem perto de tudo e fomos ao posto de turismo perguntar onde era a festa. No mesmo edifício do turismo funcionava um bar enorme (a malta suíça é inteligente). Claro que fomos logo à jola, uma pint para começar. Sentados ao nosso lado estavam dois suiços e começamos à conversa, o típico diálogo de troca de comentários acerca dos dois países. A figura de coitadinhos compensou, mamámos um litro de cerveja à pala apenas por "ganharmos tão pouco em Portugal" ou "isto está tão mal lá" ou ainda "em Portugal não podemos beber cervejinha boa, coitadinhos de nós, por isso decidimos vir à Suíça onde é tudo bom". Resultou na perfeição, foi a nossa vingança, eheh.
Berna é fixe, aquela terra tava a abarrotar de pessoal, principalmente holandeses, onda laranja completamente, mas vía-se um pouco de tudo, muitos portugueses. Vimos muitos, falámos com todos. Até um mexicano vimos. Conhecemos três bacanos que tinham vindo do luxemburgo, um tuga da Austrália que terminava cada frase com um foda-se, um que se agarrava a todas as mulas que passavam e muitos mais. Passámos a tarde toda na jola e, em consequência disso, tenho bastantes copos do Euro em casa, quem quiser algum vendo por 2€, preço de amigo (por momentos pensaram que era o Rochaboy a escrever, naa, eu ofereço). Também tivemos 2 stresses com dois holandeses, otários de merda. Primeiro foi um que não queria deixar o Zé passar, claro que não sabia com quem se estava a meter - Comé chavalo, eu vou passar quer queiras quer não, e pouco barulho! (o Zé intimida), e depois fui eu que tava descansadinho da minha vida a ver a bola quando um holandês quer festa. Foi mais ou menos assim:

- Hey you, where are you from?

- Portugal yeaahh.

- Portugal?? (cospe no chão)

Depois de pensar alguns segundos qual a melhor atitude a tomar, violência ou diplomacia, e avaliando bem a proporcionalidade de 100 000 holandeses para 2 portugueses - That was not very nice.

- If you don't like it fuck you.

- Fuck me??Fuck you mate.

Aqui já tava preparado para levar pancada do pessoal todo mas o sangue lusitano nunca cede perante a adversidade. A sorte foi que o gajo recuou perante a minha cara de Myke Tyson e a minha barba à Bin Laden.

Lá continuou a noite, a Holanda espetou 3 batatas na Itália e no fim foi a loucura, grande festa. Fomos para uma das fanzones e aquilo começou a bombar em grande. Conhecemos lá um zuca que mora em Alkmar com o seu amigo holandês que mais parecia um King Kong inchado mas era pessoal que só se queria divertir, como nós. E o holandês estava bem treinado, já tinha aprendido a dança do créu, e que bem que ele a fazia: CRÉOOUUUU.
No final da noite conhecemos lá local people que nos convidaram para ir a um local café e depois a uma local disco. Nestas alturas é que eu penso que o nosso presidente devia dar condecorações ao tuga turista em vez de as dar ao Marques Mendes, fizemos mais para promover a imagem do país e divulgar a nossa língua do que qualquer político ou jogador da bola. As míudas tavam doidas: "teach us something nasty in portuguese", "teach us something nasty and romantic in portuguese", completamente rendidas ao nosso encanto. E nós ensinámos: "Chupa-me a pila ó vaca" - há quem chame a isto de linguagem ordinária e vulgar, mas apenas o fizemos pela nossa pátria. A parte da disco também foi fixe, mas tivémos que abandonar o barco mais cedo para partir em busca da minha máquina perdida, máquina essa que nunca mais a vi, enfim.

No final ainda perguntámos a duas meninas se queriam boleia para algum lado mas elas responderam que não porque estávamos bêbados. Tudo bem, não as podemos acusar de maus julgamentos, apesar de eu ter respondido que só eu é que estava.

Regressámos ao carro e voltámos para Windisch, onde chegámos já era quase manhã. E deita para recuperar energias para mais um dia longo...

2 comentários:

Joao Pereira Rocha disse...

Que post ilustrado de forma macho-gay!! Primero , a levar a t-shirt de Portugal para todo o lado...que cheiro pestilento deviam exalar...e depois fotos só com gajos????

Timbuktu disse...

EHEHEH!!!!!